segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

ALAGOAS ELEGE PREFEITO QUILOMBOLA


João Pereira é neto de escravos, nasceu em 15 de outubro de 1949 no Quilombo - uma comunidade urbana de remanescentes quilombolas de Santa Luzia do Norte/AL, e após quatro tentativas seguidas toma posse, às 15h do próximo dia 1º de janeiro, como prefeito de sua terra natal. Ele obteve 39% dos votos, e disputou a eleição com a atual prefeita (PSD) e o candidato do PMDB.

O primeiro prefeito quilombola de Alagoas começou a trabalhar aos doze anos. Foi ajudante de padaria, aprendiz de sapateiro e eletricista de automóveis. Casou-se aos dezenove anos e iniciou sua vida política em 1988 como candidato a vereador por Maceió. Em 1999 ingressou no PT. Desde então começou a disputa a eleição para prefeito de Santa Luzia do Norte.
 POLÍTICAS DE IGUALDADE RACIAL


Vereador Manoel Feliciano, Cicero Lima, Joaquim Brito (presidente
do PT/AL) João Pereira (prefeito), Cleudo Rocha, José Carlos Merthem,
Mário Bispo (Secretario Combate ao Racismo) em reunião do Coletivo
de Combate ao Racismo do PT/AL
João Pereira integra o Coletivo de Combate ao Racismo do PT de Alagoas e em reunião realizada 15 de dezembro em Inhapi/AL,  reafirmou junto aos membros do Coletivo o compromisso de implantar em sua administração um órgão para cuidar das políticas de promoção da igualdade racial em Santa Luzia do Norte/AL.
 

Para Mario Bispo, Secretário de Combate ao Racismo do PT/AL, “João Pereira é um é exemplo a ser seguido, por sua garra e determinação. É um idealista que não desiste dos seus sonhos”.

 
Vera Gomes, ladeada pelo
prefeito João Pereira e  o 
e vereador Manoel Preguinho em
recente visita a Santa Luzia do Norte/AL
O dirigente petista enfatiza que “A notícia que teremos em Santa Luzia do Norte um órgão municipal para promover as políticas de promoção da igualdade racial é um grande avanço, não só pelo fato em si, mas muito mais pelo exemplo para os demais municípios da necessidade de dar um basta à omissão estatal face as desigualdades e discriminações raciais. Principalmente em Alagoas, um estado recordista no assassinato de jovens negros e negras”.

 

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